A CIDADE EM REVISTA
Ninguém nega a beleza e grandeza da extensão da cidade de Santo Antonio de Jesus.
São numerosas as suas ruas e bastante edificadas.
Contudo, há ainda muitos claros para edificações em muitas de suas ruas, às veses, as mais centrais.
É que os proprietários desses baldios e terrenos não podem ou não querem construir e, ao aparecimento de um candidato, apresentam a idéia de que vão construir a pretexto de impedirem novas construções.
E foi assim que forçou o aumento da cidade, por um lado, mas, por outro, obrigou que as novas construções, e temos muitas, fossem edificadas muito afastadas do centro da cidade, deixando neste muitas casas antigas e feias.
Existem pessoas que jamais pensaram em fazer uma casa em excelente terreno de sua propriedade, no entanto, não cedem o mesmo, por nenhum preço, ao seu semelhante, que ali poderia levantar bonito prédio.
E passamos a ser a cidade dos muros e das cercas.
E na maioria das vezes esses homens se dizem causadores do progresso de Santo Antonio de Jesus.
Deveria haver uma providencia da Prefeitura ou uma lei da Câmara de Vereadores no sentido de que quem desejasse construir uma casa em terreno a isso destinado e não pudesse o proprietário construir, fosse obrigatória a sua cessão.
E assim teriam resolvido um dos problemas dentre os milhares que impedem e asfixia o progresso em todos os pontos falando, da infeliz terra das palmeiras.
A Voz das Palmeiras. ANO I. Comarca de Santo Antonio de Jesús. MARÇO – 1954 – 21. Estado da Bahia – Brasil. N.° 35.